Descubra a verdade sobre ter limitações
A felicidade está nas coisas que você ainda não fez.
Você teria uma vida 10 vezes melhor se simplesmente fizesse as coisas que você sabe que precisa fazer, mas não faz.
E isso não é papo puramente motivacional. Você vai ver nas linhas abaixo como os limites são importantes para sua vida.
Elaine Luzia tem 33 anos e se formou recentemente em medicina pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). É a primeira pessoa com tetraparesia a se formar em medicina no Brasil.
Só para você entender a dimensão desse feito, Elaine se formou médica, em uma universidade pública, cumprindo todos os requisitos, mesmo sem ter os movimentos das partes inferiores e superiores do corpo, de maneira muito semelhante à tetraplegia, exceto por discreta lateralização do pescoço. Elaine também perdeu a capacidade de falar. Tudo isso desde 2014.
Elaine se comunica através de uma prancha alfabética e a ajuda de uma intérprete. Ela forma as palavras de acordo com a forma que ela pisca.
Ela quer se especializar em Radiologia, porque acredita que terá mais liberdade para atuar, já que precisará da ajuda de alguém apenas para digitar os laudos, e todo seu conhecimento pode ser aplicado para ajudar pessoas.
Não vou aqui agora fazer uma ode à capacidade humana de transpor limites e escrever coisas bonitas para fazer você se sentir incomodado (e talvez até culpado) por não agir.
Não há dúvidas que a capacidade humana para transpor limites é extraordinária, olha só o caso da Elaine. Mas você precisa entender que os limites não são inimigos, na verdade, em muitos casos, são seus aliados, ruim é a forma que você se posiciona frente aos limites que você tem.
É isso mesmo que você leu, você tem limites. E reconhecer esses limites é a chave para uma vida de sucesso e realização. Como assim?
Imagine que você tenha 1,65 metros de altura e deseja ser jogador de basquete da NBA, a mais importante e competitiva liga de basquete do mundo, em que o menor jogador atualmente tem 1,78 metros (Tremont Waters). Ou ainda que você queira ser campeão olímpico de natação nos 50 metros livres, prova em que o brasileiro César Cielo, que tem 1,93 metros, já foi campeão. Você concorda que é uma limitação física que praticamente inviabiliza essas realizações?
Então alguns dirão “Ah, quem é você para impor limites aos outros?” Não sou ninguém, se você tem baixa estatura e quer morrer tentando realizar esses feitos, fique a vontade. Mas você precisa ter em mente que se você tem uma limitação física para alguma coisa, você pode reconhecer essa limitação e ser persistente em outro lugar, ou seja, pode mudar o foco e se realizar plenamente.
Todos podem se realizar. Imagine se a Elaine não reconhecesse seu limite de mobilidade e tentasse durante toda a vida ser uma corredora olímpica, o que acha que aconteceria com seu sentimento de realização?
Ao invés disso ela colocou todo seu foco em algo que ela sabia que podia realizar, mesmo que fosse muito difícil, e ela foi lá e fez.
Se você tomar como verdade absoluta que não há limites para os feitos dos seres humanos, as chances de você perder boa parte da sua vida frustrado por não conseguir realizar as coisas é praticamente certa.
Agora tenho que fazer uma ressalva que é tão importante quanto tudo que falamos até aqui.
O grande problema é que a maioria dos limites que enfrentamos não são físicos, são emocionais. E a imensa maioria deles não são reais, exceto para quem os têm, e isso importa muito, porque o processo é semelhante às limitações físicas.
Pense comigo, se você acredita ter um limite muito estreito de capacidade, por exemplo, acredita que não é capaz de concluir um curso superior porque não estuda há muitos anos, então ele vai ser real para você e vai mesmo te limitar.
Um outro exemplo é o de alguém que está em um relacionamento abusivo e ainda não o reconheceu como sendo assim, então, quando algum limite interno for transposto, esse alguém perceberá os abusos e, talvez, até saia do relacionamento, o que é recomendável. Nesse caso, não é bom que esse limite interno seja cada vez mais elástico, apesar de acontecer muitas vezes e a pessoa aceitar mais e mais abusos.
Em ambos os casos os limites precisam ser respeitados, uma para ser superado e o outro para ser reforçado.
Reconhecer seus limites é um passo muito importante. É um belo sinal de respeito próprio.
O seu trabalho agora é observar quais são os seus limites, reconhecê-los, e analisá-los tendo você como prioridade, quais você deve manter e quais você deve superar. E, depois disso, vem o trabalho realmente difícil, agir.
Nenhum limite é transposto ou reforçado sem ação.
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